FAUNA
Erivelto Reis
Amor é criado solto, livre.
É bicho do mato,
É animal selvagem,
É bilhete premiado,
É a inesquecível e tão aguardada viagem...
Amor indomado,
Não tem nome
Até ser avistado.
Atende o chamado do instinto...
Adestrado.
Amor irrevogável,
Decretado sem palavras,
Por olhares ambiciosos,
Aparentemente despretensiosos...
Ah! Quanto amor corre nas veias,
Campinas dos prados do coração!
A gente doma, não domina...
Nem sente que aprende e ensina.
Amor é criatura selvagem,
Incivilizado entrelace,
Natureza mostrando a força,
Narciso mostrando a face.
Sereno, orvalho,
Água, nuvem,
Chuva, rio, mar...
Amor, fera selvagem,
Vai ficando sereno...
A gente pensa que domou,
Mas foi ele quem se deixou domar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário