Labor
Eu quero contar outra história
Quero contar uma fábula
Mais humanos
Que os de LaFontaine.
Eu gostaria que aqueles
Para os quais trabalho se vissem
Com os olhos e os motivos
Com e porque os admiro:
Por seu brilho, por seu potencial...
Porque acredito que poderão mudar o mundo.
Eu quero contar aos amigos
Que é tempo de romper
Com o que está ultrapassado...
A dor, os traumas do passado!
Os velhos esquemas
De vaidade e de poder...
Eu quero contar uma história
Em que o menino e a menina pobres
Não sejam subalternos,
Oprimidos e explorados por ninguém.
Não se escondam por detrás
De silêncios e da aspereza rude
Das palavras de ataque-defesa.
Eu quero contar uma história
Em que meu protagonismo
Seja de coadjuvante...
Sem propósito de fazer discípulos,
Seguidores ou afins.
Gostaria de coisas que sei que posso,
Mas que não posso o tempo todo,
Que não posso fazer por todo mundo,
Que não posso fazer sozinho
E para as quais nem todos
Terão sensibilidade, paciência
Ou verão finalidade.
Quero contar uma história
Em que, às portas do paraíso
Da plenitude da liberdade,
A credencial seja a amizade
E para entrar não seja necessário
Usar nenhuma chave
Além da Educação, além da arte...
Além da boa-vontade.