(V) ésper (a)...
Erivelto Reis
Esvaziada de magia
A noite quente tão
fria
De vinho barato e
abraços rasos...
Esmagada, como
rabanada de anteontem,
Pisca, à luz da
incerteza,
A esperança que
viria.
Temo que daqui a
alguns anos
Papai seja o varejo,
Noel, um novo
cantor sertanejo.
E a ceia seja o
receio
Do prato fundo
cheio
Que não veio.
Entre a lágrima e
o presente
Que intensões,
Que desejos se
escondem?!
Queria mudar o
mundo
Com a canção do John
Lennon,
Com a versão da
Simone,
Com as canções do
Roberto...
Agora vejo que não
chegamos nem perto!
Que nessa noite de
festa
Haja afeto,
Não só farra;
Haja gente, haja
jeito,
Muito amor em cada
encontro.
Não somos restos
de códigos de barra...
Que cada qual
seja, não só tenha,
Que cada qual agradeça,
não só peça.
Sejamos humanos,
livre de planos,
Tramoias e
garras...
E não papéis de
presentes, verniz social reluzente,
Teatro de marionetes-ventriloquares
Há muitas casas
decoradas
É preciso mais
amor em muitos lares.
É preciso mais
amizade nos corações e olhares.
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