(Ninguém me ouve): Num
game over...
Erivelto Reis
Suas palavras de bulica,
Seus gestos de cerol,
Seus afagos de caco de vidro,
Seus elogios de formol.
Sua gentileza de veneno,
Seus afetos de aborto,
Sua elevada adrenalina,
Sua baixa autoestima,
Sua falta de espelho!
Seu ego, seu conselheiro...
Sua coragem de amarelinha,
Seus ideais virtuais,
Sua elegância de telefone,
A alternância de seus homônimos,
A desfaçatez dos seus perfis e clones.
Sua amizade de ioiô,
Sua inveja de bodoque,
Sua estratégia de tabuleiro,
Sua trajetória de videogame,
Pode ser que você se queime!
Seu jeito de quebra-cabeças,
Sua vaidade, sua cachaça.
Não sei o que foi que houve...
Faz isso de brincadeira,
Disfarçando a trapaça.
Mas saiba:
É game over!
Seus jogos não têm mais graça.
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