Cra-Xá
Erivelto Reis
És um ser de muitos ardis,
Íntimo do protocolo dos covis,
Inimigo íntimo dos bem-te-vis,
De quem é feliz.
Próximo, muito próximo,
De outros seres vis:
Teus iguais,
Inúteis...
Tanto sonsos
Quanto vós.
Tu tens teus falsos perfis,
E destilas com requinte teus licores
De fel e anis.
Lícito que sejas quem és?...
Talvez!
Uma hora chega tua vez.
Negam-te o que desejas,
A cadeira a que almejas,
Tens um bolo sem recheio e sem cerejas...
Uma mesa de banquetes de ausências.
Supões poder...
Vai-se o poder!
Deixa-te coisas fúteis:
Espelho do que vós sois...
Que não me venhas a dizer
Que vos não avisei, depois.
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