FOLGA
Erivelto Reis
Guardem mais espaço
Para as palavras que tenho poupado
Para os gestos que economizo
Para tudo o que vejo e que sei
E não digo.
Apurem seus ouvidos,
Pois ando sensível, sensato, silente,
Ruídos não são verbos,
Versos não são gritos
São ecos que brotam da gente...
Apurem o paladar ao licor da verdade
O sabor da surpresa degusta a saudade
Em taças cristalinas de eternidade.
Toquem, sintam, ouçam, vejam,
Equacionem, equalizem:
Até que seus sonhos
E não medos tolos se realizem.
Guardem mais espaço...
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