01 de abril
Erivelto Reis
Olhei pra rua,
Tremi,
Quem disse mal de mim?
Quem vai criar meus filhos
Quando vierem me levar daqui?
Que trem, que carro e casa
OBAN, obus, baú...
Silêncio nunca foi história,
Cinza não é mérito,
Corpo desaparecido
Não sustentará medalha...
Não se cobrirá com mortalha.
Espreitaram tanto,
Que desconfiam até da sombra...
No Sermão do Viaduto
No alcatrão das masmorras
É meu irmão fardado
Mas nu que o rés das forças.
Primeiro de abril
Eis que acordo:
E busco a Democracia
No revés de todas
As mentiras.
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