Cacto
Erivelto Reis
Passou um carro de boi,
Plantou chuva,
Tempo, terra,
Com sentimento,
Nasceu vida, produziu poesia
Família, história e jardim.
Agora é sempre o deserto
Quando ando em mim.
Nem légua, hectare,
Quilômetro ou quimera
Distância, saudade sem meta...
Nem planta, nem muda:
Um mundo em desprimavera,
Que parece nunca ter fim...
Agora é sempre o deserto
Quando ando em mim.
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