Bibelô
Erivelto Reis
Tenho uma alma tão cansada
Que daqui a algum tempo
Já não me sobrará nada.
Tanto trauma, tanta fúria sufocada,
Quantidades:
Há mais santos que promessas,
Há mais desejo
Que felicidade.
Tenho a alma tão cansada,
Profundo sono,
Meia madrugada,
Me leve pra longe daqui:
Tempo de cinza e saudade...
Trago cansada a alma que nunca tive
E que me fora somente emprestada.
Inquilino de corpo,
Oco de alma.
Ocaso...
Reclamar da alma será vício de quem vive?!
Tenho uma alma tão cansada...
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