Avalanche
Erivelto Reis
Há um ar rarefeito
De morar em mim
No alto dos pensamentos
Icebergs de gelo, medo e febre.
Há um cansaço tão grande,
De escalar uma montanha
De contradição e neve.
E neva todo dia na esperança:
Avalanche, desmoronamento...
Não há um único firmamento,
Não há um único dia,
Não é um único dia!
Falta oxigênio, é irrespirável,
Um grito de socorro impronunciável.
Um susto, um salto, um atirar-se
Morro abaixo...
Uma madrugada longa,
Um dia que nasce abortado,
Há um ar rarefeito de morar em mim,
Isolado,
Asfixiado...
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