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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Poema: O fatídico poema do poeta que ficou sem a poesia - Erivelto Reis

O fatídico poema do poeta que ficou sem a poesia (“O que é teu tá guardado”)
 
Isso é alfaiataria, é arte, é alta-costura. É coisa cristalina de tão pura.

Para Flávio, Cícero e ao que ficou sem a poesia
O poema é uma roupa, Que o autor até cabe nela Mas empresta pra outro usar. E é tanta gente usando Que a roupa periga a se reinventar Ao invés de esgarçar. Poema plágio, poema piada, Blague, 22 revisitada, Cachaça, poesia, samba e tropicália: Três moscas mortas, Três mosqueteiros, Sonho lindo, Mas é tanta gente canalha Que atravessa o samba, ralha, retalha, Trava a bossa e discursa sobre o nada. Registra a patente, publica a (pró) tese, Se põe no Olimpo, empertiga-se por isto? Não vale o risco, Afivela o cinto, economiza o susto que o pouso é brusco… Demoro muito a falar, mas quando começo, Pra (eu) me calar é um custo.

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