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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Poema: "Eito" - Erivelto Reis

Eito
Erivelto Reis

Deserto
É areia, solidão e medo,
Sacrifício, vertigem e alucinação.
Deserto
É o lado de fora do mundo,
É o lado de dentro da gente,
Quando tudo (alguém) que se ama parte:
Deserto é uma parte da gente!
É um deslugar, (pode ser qualquer lugar!)...
Abismo entre sonho e mito,
Deserto é um jeito de falar,
Um modo de silêncio,
A vida é feita de desertos,
Que, às vezes, aceitam sementes...
A palavra abortada é feita de desertos,
Amor simulado é feito de desertos,
Há miragens
E oásis perto...
Imaginados, pressentidos.
Desertos, cânions, sede, suor.
Isolar-se de outras presenças,
Orientar-se pela voz do eco,
Na esperança de ouvir ausências.

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