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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

sábado, 8 de setembro de 2018

Poema: "Drone", de Erivelto Reis


Drone
Erivelto Reis

É porque sonho
Que me querem insone,
Inquieto e longe...
Silencioso e temente
Do poder de suas análises
De personalidade e comportamento.
Comportam-se melhor
Os que sepultam sonhos
Par-ce-la-da-men-te?...
Com desfaçatez disfarçada
De altivez e experiência?!
Bruxos que bradam (paz)ciência,
Que ofendem a arte,
Que proferem a ciência
Que desconhecem,
Em troca de empatia momentânea
E de um pedaço de papel
Sem serventia.
É porque, por princípio, brigo
Que me batem, acusam e denigrem.
Não sei onde meus sonhos me levam,
Como não sei onde essas (anti) socioconsciências residem...
Suspeito que abismos e naufrágios signifiquem mais que tréguas!
Parecem estar no mesmo barco,
Mas observam a descida no conforto do porto,
Por imagens do alto,
Captadas por um drone:
É porque sonho
(e porque sei voar e nadar)
Que me querem insone...
Com uma âncora que me sepulta
No fundo de um abismo ou no fundo do mar.

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