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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

sábado, 12 de março de 2016

Poema: "Atalhos", de Erivelto Reis

ATALHOS
Erivelto Reis

Porque me disseram:
“Depois daquela curva está o amor!”,
Desandei de acostumar
Com o horizonte.
Agora todo amor é longe,
E não se vê à distância.
Agora todo amor é posse,
É ganância,
Todo amor tem perfume de colônia,
E todo amante tem desejos de metrópole.
Podiam ter me dito antes,
Podiam não ter dito nada,
Podiam ter dito o contrário...
Podiam ter dito a verdade:
 “Vai andando, que amor acontece!”
Agora todo amor parece longe,
Agora todo amor parece posse,
Agora todo amor parece atalho.
Agora tudo amor parece.


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