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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

quarta-feira, 20 de junho de 2018

Poema: Jaula, de Erivelto Reis


Jaula
Erivelto Reis

Não deixem as crianças condenadas
Não deixem as crianças sem pão
Não deixem as crianças sem pai nem mãe
Sem pátria, sem saúde
Pedindo a um deus infantil que as ajude
Em gaiolas, em jaulas, em prisões, refugiadas, exiladas
Confinadas, traumatizadas
É um golpe na jugular da civilização
Latinas, africanas, orientais,
(Estrangeiras... nacionais)
A uma criança não se maltrata jamais
Não tratem as crianças como
Se não fossem nada,
Como se não possuíssem nada
Elas possuem um futuro
O futuro,
Se o futuro chegar
Não deixem as crianças aprisionadas
Prenda-se aos tiranos, aos déspotas
Aos megalômanos genocidas
Não façam da infância uma ideia corrompida
Decadente abandonada
Não deixem as crianças perecerem
Nas mãos dos que matam no mundo
Mandam no mundo
Covardes, sob os holofotes
Cuidar da infância
Deve ser compromisso de todos e de cada um
No século XXI (e desde o começo do mundo)
Cada dia é mais violento que o anterior
Não deixem as crianças sem amor.

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