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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Crônica: "Armorial", de Erivelto Reis

Xilogravura: Perron Ramos (Pernambuco) sobre a obra
 Abaporu (1928), de Tarsila do Amaral


ARMORIAL: A MÚSICA DA ALMA
DA ARTE DO POVO BRASILEIRO


  Para Daniel Marcos Martins e Cinda Gonda:
Professores armoriais brasileiros
[que nem eu...]

Erivelto Reis
Em memória de
Primitivo Paes e José de Arimatéa


O brasileiro, indubitavelmente, irá se comover com a música e com a arte Armorial, tão logo tenha contato com ela. Ela é uma importante vertente de um Universo cultural brasileiro. Remete às nossas raízes como civilização. Liga pontos vitais do imaginário de nosso folclore, do nosso mítico, de nossa miscigenação. Seus instrumentos são a viola, a rabeca, o pífano, as mãos e ar vital dos poetas, dos músicos, dos artistas populares brasileiros. Seu retrato falado são as paisagens do interior do espírito humano e as xilogravuras de todos os cordéis. Tem o movimento do mar e dos rios e do corpo mamulengo que se agita na gana da vida.
Parece estar em Ravel e seu bolero magistral e está em Luiz e sua Asa Branca. Nos cabelos brancos do nordestino mais cansado e combalido e no couro do gibão e nas chinelas das crianças. Está em Milton Nascimento e seu contracanto celestial e no metálico da voz de Zé Ramalho e nos falsetes de Belchior. Está no ritmo da Tropicana de Alceu e em sua Anunciação. Está no esganiçado crítico de Tom Zé e na sacra fonêmica missa do canto de Bethânia. Está no espaço pretensamente proibido que exista na sonoridade sempre viva dos versos de João Cabral. Armorial é Guimarães Rosa e as veredas do seu sertão. As vidas secas de Graciliano, a Maria Moura de Rachel de Queiroz.
A música armorial é a ópera do nordestino forte, dos habitantes primordiais.  O “Abaporu”, de Tarsila e “Os retirantes”, de Portinari, certamente estariam ouvindo uma canção armorial. Ela embala tudo que Suassuna escreveu e pulsa em todo coco, embolada, catira, repente que se ouça de repente. É silente como o som da rede e do encontro das águas com a jangada do pescador.
Sincrética: apresenta nuances representativos de nossas matrizes, em caleidoscópio de cores e sons intercambiáveis ininterruptamente, convida à sinestesia, tem em si a fragrância, o tato de todos os elementos e a volatilidade que lhes seja própria. É o medo da morte e a rutilância da fé. O pacto com o tinhoso e o batismo de pia com nome de “Raimundo”, “Francisco”, “Maria” e “José”.
Espelha nossa alegria, solar e intensa; e nossa tristeza implícita, eco redivivo de nossa colonização traumática. Irmana campo e floresta, litoral e agreste mais árido. Dialoga ainda quando aparentemente à distância , com o espaço em que a cidade se agiganta e da solidão dos homens que a constroem. Tem a cor da pele de cada brasileiro e do tanto de sangue que já correu nesse chão. A dor da cova rasa do filho, a dor da tocaia contra o pai e irmão. A seca, a fome e a fuga pra outro rincão: o fogo do sol que não se apaga na luz da memória da retina do retirante. Armorial é não possuir a terra, que esta não é pra ter dono: esta é feita pra se viver nela e dela se cobrir quando o destino se lembrar de você.
Armorial é a irmã mais nova dos sons tribais de cada micro nação-estado em África e da andina cordilheira e seu povo. Voz personificada de um coral composto pelo casamento das forças naturais que eclodem do encontro das águas, do vento na caatinga, do lamento das árvores em florestas em estado de descoberta, do zunido dos insetos que polinizam o cerrado, e do capinzal que balança ao som das chuvas dos pampas. Ritual e ruptura. O sagrado e os que o reverenciam agregados à mesma nota.
Armorial. Todo brasileiro que nunca ouviu, terá a nítida impressão de já haver ouvido seus sons. Ela tem o rosto de nossos pais, de nossos avós, de nossos ancestrais. Ela tem o cheiro dos produtos de nossa terra. Da solidez e da aridez do chão prenhe dos alimentos que sustentam esse país em resistência perpétua ao desejo daqueles que pretendem escravizar nossos sonhos na labuta de sua má vontade.  As rendas, o trançar do laço, cada objeto, cada cordel e cada pequeno mimo. As obras de Vitalino, as ligas camponesas, os versos de Patativa, a história e a arte de Primitivo, a força de Chico Julião e a valentia de Virgulino. Armorial é semente de uma planta que brota dessa terra seca em que parece que todo cabra já nasce e cresce marcado para morrer.
É o trabalho do sertanejo, o aboio do vaqueiro, o canto de labor das lavadeiras, o choro das carpideiras, o rosário em estado de prece, o ritmo do terço, na prece à mãe santíssima. O uivo da assombração, a fúria perpétua de todos os demônios aprisionados em escala pentatônica, o som dos animais domésticos brincando nos terreiros com as crianças mais livres e aprisionadas do mundo; e daqueles que lidam e fornecem o sustento e alimento das famílias brasileiras.
É o som de todas as profissões, o ruído dos evangelhos, dos passos dos santos, sinfonia de milagres e ladainha dos orixás. É onírica e telúrica. É o canto gregoriano do silêncio dos povos em remissão de pecados que jamais cometeram ou que jamais confessaram. É o farfalhar das folhas, a alegria das crianças que crescem com a força de quem não era nem pra vingar, num solo com donos de menos, oprimindo gente demais. Casa-se com a luz mais brilhante que penetra os mais longínquos lugares naturais, desnaturais e antinaturais que possa haver nesse país.
É o ritmo do coração dos homens que têm coragem e das mulheres que já nascem sabendo amar. É o oratório dos santos, é a solidão dos mártires. Armorial. Imemorial e atemporal é a sinfonia do que preservas. É o som da fome e da fartura. É a valentia do brasileiro bom de briga, da coragem dos espertos e afoitos e a formosura de todas as mulheres. Música e arte armorial estão no DNA e no coração: arte primeira da alma de cada brasileiro.



VERSÃO ESTENDIDA



ARMORIAL: A MÚSICA DA ALMA
DA ARTE DO POVO BRASILEIRO


  Para Daniel Marcos Martins e Cinda Gonda:
Professores armoriais brasileiros
[que nem eu...]

Erivelto Reis
Em memória de
Primitivo Paes e José de Arimatéa


O brasileiro, indubitavelmente, irá se comover com a música e com a arte Armorial, tão logo tenha contato com ela. Ela é uma importante vertente de um Universo cultural brasileiro. Remete às nossas raízes como civilização. Liga pontos vitais do imaginário de nosso folclore, do nosso mítico, de nossa miscigenação. Seus instrumentos são a viola, a rabeca, o pífano, as mãos e ar vital dos poetas, dos músicos, dos artistas populares brasileiros. Seu retrato falado são as paisagens do interior do espírito humano e as xilogravuras de todos os cordéis. Tem o movimento do mar e dos rios e do corpo Mamulengo que se agita na gana da vida. Armorial é chic, é vintage, é xique-xique.
Parece estar em Ravel e seu bolero magistral e está em Luiz e sua Asa Branca. Na Banda Pau e Corda, em Zabumbê-bum-á de Hermeto Pascoal, na corda de berimbau, em Africadeus de Naná Vasconcelos e em Carlinhos Brown. Na “Alegria-Alegria” de Caetano, no “Domingo no Parque”, de Gil, no “Ponteio” de Edu Lobo, na “Disparada” de Vandré e Theo de Barros, nas Cordas vivas de Heraldo do Monte. Eterno como areia em Diana Pequeno; evoca as 20 palavras ao redor do sol de Cátia de França. Está em Teca Calazans e Ricardo Vilas e seu antológico Teca e Ricardo (1974), em Amanheceremos de Jayme Allen e Nair de Cândia; está em Metalmadeira, de Marco Bosco; no Canto do Tempo, de Willian Senna, na releitura afro pop de Jorge Degas & Marcelo Salazar em Muxima.
Armorial está na Frauta de Pã, de Carlos Walker, o Trem dos Condenados de Marcus Vinicius, na Chapada de Corisco de Clodo, Climério e Clésio; e na Cantoria de Elomar, Vital Farias, Geraldo Azevedo e Xangai. Em Caruá, de Zé da Flauta e Paulo Rafael. Está no Sub Reino dos Metazoários, de Marconi Notaro, em Manduka e seu Brasil 1500, em Joyce e seu Passarinho Urbano, com a subversão da Coca-Cola verde, em Da Terra Firme, Um Canto Forte, de Edigar Mão Branca; em Paulinho Pedra Azul e seu Uma Janela Dentro dos Meus Olhos, no Grupo Paranga e seu Chora Viola, Canta Coração.
Está na “Feira de Mangaio”, de Sivuca e Glorinha Gadelha, na Orquestra e no Quinteto Armorial, em Cussy de Almeida, em Guerra Peixe, no Pavão Misterioso de Ednardo, em Mestre Ambrósio, em Comadre Fulozinha, no Zunido da Mata de Renata Rosa, na “Força que nunca seca”, de Chico César, no “Sangue de Bairro” de Chico Science e Nação Zumbi, no “Relampiano” de Lenine, na Saramandaia de Dias Gomes, na “Romaria” de Renato Teixeira, e até no “Coração de luto”, de Teixeirinha.
Armorial está no “Cavaleiro e os moinhos”, de João Bosco e Aldir Blanc, na Cantilena das Bachianas do maestro Villa-Lobos, no estudo de Câmara Cascudo, na Terra, vento e caminho, de Dércio Marques.  Nas canções de Gesta na Chave de ouro do reino do vai-não-volta. Está no Baiano e nos novos caetanos, está em Psychedelic Pernambuco, na Caiana dos Crioulos, nas Catadoras das Mangabas, nas Ganhadeiras de Itapuã, no Samba Chula de São Braz; nas Águas de São Francisco, de Carlos Pita, no Cavaleiro Macunaíma e nas Carrancas, de João Bá, na Erva Cidreira de Doroty Marques, no Venta moinho de João Arruda, nas Cantigas de Socorro Lira. A Gota d’água de Chico Buarque e Paulo Pontes.
Está em Fabiano Nascimento e seu Tempo dos Mestres; em Priscila Ermel e seus Campo dos Sonhos e Cine Mato Gráfico; em Antônio José Madureira e seu Violão; no Quarteto Romançal e o antológico Ancestral; em Onça Combo e o inquietante som de “Em diáspora”; em “Um dia estranho”, do Grupo Rua. Está na Grande Missa Armorial de Capiba, no Cordel do Fogo Encantado e também na Missa do Vaqueiro do Quinteto Violado. Está em “Carcará”, de João do Vale e José Cândido e em “Mora na Filosofia”, de Arnaldo Passos e Monsueto Menezes.
Armoriais são José Dumont, Marcélia Cartaxo, Tânia Alves, Elba Ramalho, Amelinha, Nelson Xavier, Domingos Montagner, Dominguinhos, Gonzaguinha, Irmã Dulce, Fernanda Montenegro, João Ubaldo Ribeiro, Bibi Ferreira e Fagner.  Poetas e repentistas: Geraldo do Norte, Catulo da Paixão Cearense, Otacílio Batista, Oliveira de Panelas, Zé do Norte, Pinto do Monteiro, Zé Pequeno, Jessier Quirino, Juvenal Galeno e Ferreira Gullar.
Armorial está em “O menino da porteira”, na interpretação de Marlui Miranda; em “Gavião”, de Siba, nos Rabequeiros de Pernambuco; na Folia de Santo de Alessandra Leão, no Passo Elétrico de Passo Torto, na Capoeira de Besouro, de Paulo César Pinheiro, em “Amor Cinza”, em todo o Cinco Sentidos de Mateus Aleluia. Está no Samba de Gira do Grupo Bongar; no Coco de Toré, de Pandeiro do Mestre; no Maçalê de Tiganá Santana. Nas “12 baladas”, de Jorge Cabeleira, no Dia em Que Seremos Todos Inúteis; em Paraibô, de Hugo Filho; em Oásis de Vidro, de Rafael Dutra; em Ancanga, de Juçara Marçal & Cadu Tenório; em O Canto dos Escravos, de Clementina de Jesus, Doca e Geraldo Filme; em “Balada para quem nunca morre”, de Lula Côrtes & Jarbas Mariz; em “Note”, de Canções Velhas Para Embrulhar Peixes; em Pitanga em Pé de Amora, de Ponte Para Si.
Armorial está em Certa Manhã Acordei de Sonhos Intranquilos, de Otto; em Silencia, de Ceumar; em Mazuca de Agrestina, em Cantando com o Sol, do Grupo Fethxa; no Coco de Roda, de Zé de Teté; em Os Afro-Sambas; de Baden Powell e Vinicius de Moraes; em Berimbau e Percussão, de Papete; Almir Sater em “Tocando em frente”; o Frevo de Índio, de Celso Mendes.
Armorial é o neoespírito antimedieval.  Está em Nei Leandro de Castro, João Ferreira de Lima, nos compêndios de Marco Haurélio, em Leandro Gomes de Barros e nos cordéis que criaram. Está em Perron Ramos, Gilvan Sâmico, Francisco Borges, Manuel Suassuna e nos emblemas armoriais, heráldica de nossa terra, que são as suas xilogravuras.
Armorial são os cabelos brancos do nordestino mais cansado e combalido e no couro do gibão e nas chinelas das crianças. Está em Milton Nascimento e seu contracanto celestial e no metálico da voz de Zé Ramalho, nos falsetes e na “Divina comédia humana” de Belchior. Está no ritmo da Tropicana de Alceu e em sua Anunciação. Está no esganiçado crítico de Tom Zé, Jards Macalé, Arrigo Barnabé, Itamar Assumpção, Jose Miguel Wisnick, Luiz Tatit também é.
Armorial é a sacra fonêmica missa do canto de Maria Bethânia. Está no espaço pretensamente proibido que exista na sonoridade sempre viva dos versos de João Cabral. Armorial é Guimarães Rosa e as veredas do seu sertão. As vidas secas de Graciliano, a Maria Moura de Rachel de Queiroz.
A música armorial é a ópera do nordestino forte, dos habitantes primordiais.                    O “Abaporu”, de Tarsila e “Os retirantes”, de Portinari, certamente estariam ouvindo uma canção armorial. Ela embala tudo que Ariano Suassuna (este Gil Vicente armorial) escreveu. Pulsa em todo coco, embolada, catira, num rap e num repente que se ouçam de repente. É silente como o som da rede e do encontro das águas com a jangada do pescador.
Sincrética: apresenta nuances representativos de nossas matrizes, em caleidoscópio de cores e sons intercambiáveis ininterruptamente, convida à sinestesia, tem em si a fragrância, o tato de todos os elementos e a volatilidade que lhes seja própria. É o medo da morte e a rutilância da fé. O pacto com o tinhoso e o batismo de pia com nome de “Raimundo”, “Francisco”, “Maria” e “José”.
Espelha nossa alegria, solar e intensa; e nossa tristeza implícita, eco redivivo de nossa colonização traumática. Irmana campo e floresta, litoral e agreste mais árido. Dialoga ainda quando aparentemente à distância , com o espaço em que a cidade se agiganta e da solidão dos homens que a constroem. Tem a cor da pele de cada brasileiro e do tanto de sangue que já correu nesse chão. A dor da cova rasa do filho, a dor da tocaia contra o pai e irmão. A seca, a fome e a fuga pra outro rincão: o fogo do sol que não se apaga na luz da memória da retina do retirante. Armorial é não possuir a terra, que esta não é pra ter dono: esta é feita pra se viver nela e dela se cobrir quando o destino se lembrar de você.
Armorial é a irmã mais nova dos sons tribais de cada micro nação-estado em África e da andina cordilheira e seu povo. Voz personificada de um coral composto pelo casamento das forças naturais que eclodem do encontro das águas, do vento na caatinga, do lamento das árvores em florestas em estado de descoberta, do zunido dos insetos que polinizam o cerrado, e do capinzal que balança ao som das chuvas dos pampas. Ritual e ruptura. O sagrado e os que o reverenciam agregados à mesma nota.
Armorial. Todo brasileiro que nunca ouviu, terá a nítida impressão de já haver ouvido seus sons. Ela tem o rosto de nossos pais, de nossos avós, de nossos ancestrais. Ela tem o cheiro dos produtos de nossa terra. Da solidez e da aridez do chão prenhe dos alimentos que sustentam esse país em resistência perpétua ao desejo daqueles que pretendem escravizar nossos sonhos na labuta de sua má vontade.  As rendas, o trançar do laço, cada objeto, cada cordel e cada pequeno mimo.
As obras de Vitalino, as ligas camponesas, os versos de Patativa, a história e a arte de Primitivo, a força de Chico Julião e a valentia de Virgulino. Armorial é semente de uma planta que brota dessa terra seca em que parece que todo cabra já nasce e cresce marcado para morrer.
É o trabalho do sertanejo, o aboio do vaqueiro, o canto de labor das lavadeiras, o choro das carpideiras, o rosário em estado de prece, o ritmo do terço, na prece à mãe santíssima. O uivo da assombração, a fúria perpétua de todos os demônios aprisionados em escala pentatônica, o som dos animais domésticos brincando nos terreiros com as crianças mais livres e aprisionadas do mundo; e daqueles que lidam e fornecem o sustento e alimento das famílias brasileiras.
É o som de todas as profissões, o ruído dos evangelhos, dos passos dos santos, sinfonia de milagres e ladainha dos orixás. É onírica e telúrica. É o canto gregoriano do silêncio dos povos em remissão de pecados que jamais cometeram ou que jamais confessaram. É o farfalhar das folhas, a alegria das crianças que crescem com a força de quem não era nem pra vingar, num solo com donos de menos, oprimindo gente demais. Casa-se com a luz mais brilhante que penetra os mais longínquos lugares naturais, desnaturais e antinaturais que possa haver nesse país.
É o ritmo do coração dos homens que têm coragem e das mulheres que já nascem sabendo amar. É o oratório dos santos, é a solidão dos mártires. Armorial. Imemorial e atemporal é a sinfonia do que preservas. É o som da fome e da fartura. É a valentia do brasileiro bom de briga, da coragem dos espertos e afoitos e a formosura de todas as mulheres. Música e arte armorial estão no DNA e no coração: arte primeira da alma de cada brasileiro. 





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