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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

sábado, 19 de agosto de 2023

"Sobre uma pretensa articulação para o ensino integral em todo o país", texto de Erivelto Reis

    "Sobre uma pretensa articulação para o ensino integral em todo o país", texto de Erivelto Reis

    Não basta querer ou dizer que se pretende implementar uma escola em tempo integral. Professores/as do ensino básico têm de ter, como regime de trabalho, a Dedicação Exclusiva, atuando em uma única unidade (professores com salários baixos, defasados, se desdobrando em jornadas em duas ou três escolas em turnos das 7h às 22h para se manterem com o mínimo de recursos, estão extenuados), devem receber um salário proporcional a isso equiparável aos melhores salários do judiciário e do legislativo de formação semelhante, ter condições de trabalho dignas e ter seu plano de carreira adequado à sua formação e qualificação. Chega de cortar disciplinas e diminuir carga horária para a educação pública! Isso é uma afronta.

    Chega dessa ladainha de valorizar educação apenas da boca pra fora sem fazer disso uma política de estado e não um projeto ou programa de governo que pode sucumbir a cada quatro anos. Somente políticas de estado efetivas para a educação podem garantir que haja permanência, continuidade e a evolução de nossa sociedade. Sem elevar a educação e os educadores a um novo status de tratamento, a uma legislação que os ampare e os valorize realmente, a sociedade brasileira está fadada à exploração e ao desemprego. Ensino integral não significa ensino integrado. Como pode ser mais fácil desdolarizar os combustíveis do que derrubar o hediondo novo ensino médio? Como pode ser mais fácil mexer no câmbio da moeda do que fazer com que o piso nacional da educação seja cumprido?

    O governo federal não pode mais agir como um pai que assiste impassível a alguém (governos estaduais e prefeituras) maltratar seus filhos ou se juntar a eles para praticar mais violência. Governos estaduais não podem gerir educação pública sem prestar contas ao governo federal e em contrariedade com políticas de estado para a educação.

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