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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

domingo, 27 de setembro de 2015

Poema: "Atalho", de Erivelto Reis

ATALHO
Erivelto Reis

Saindo de mim,
À direita do que eu fui,
Tinha um riacho.
Córrego de já sofri,
Desembocando em um mar
De meu Deus, de novo?!
Por essas maldades:
De dar nome a desastres
Tragédias e equivalências
É que o homem vai perdendo
Essência.
Paladar de boca desprezada
Tem gosto de coisa ruim:
No caso, nada.
Saliva ácida!
À esquerda, havia outro caminho,
Que pra não trilhar sozinho,
Desprezei com afinco.
Agora, atordoado, sem recurso
E sem itinerário, me pergunto:
Até onde eu iria?!
Espantei-me aquele dia,
Espantalho a vida toda!
Toada atoa e tola...
Pele tatuada por destino,
Desilude sonho.
Favor sem esperança ou pedido,
Fere ou redime,
Dependendo da altura
Do caminho
Em que você se descobrir
Perdido.
Em qualquer sentido,
Em linha reta ou num labirinto de curva,
Pedra, asfalto e cascalho:
Amor é busca!
Desamor é bússola de encontrar atalho.


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