Quem sou eu

Minha foto
Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

sábado, 26 de dezembro de 2020

Poema: "Croc, croc", de Erivelto Reis

 

Croc, croc

Erivelto Reis

 

Aceite esse conselho

Persevere, não acuse, mas denuncie o golpe:

Que o castigo vem a cavalo, a galope!

Não é trote, é só mais um croc,

Croc, croc vai roendo a educação...

Não é trote é só mais um croc,

Croc, croc vai doendo o coração.

Não é trote é só mais um croc,

Croc, croc devagar devastação...

Croc, croc consolidar a servidão.

O aluno cheio de problema na família,

O professor sendo obrigado

A construir a ficção numa planilha

Gastando a sua net, sua saúde, sua energia

E todos os seus momentos não remunerados

Preenchendo infindáveis documentos...

Eita, herói mais zoneado!

Eita, herói ironizado,

Sem valor, sucateado,

Eita, herói com seus poderes

De fazer voar tão cerceados!

Os corruptos e os incompetentes,

A cada dia mais, saindo da casinha, dos casulos

Usando contra nós, para calar a nossa voz

O amor de todos nós

Pela educação e por nossos alunos.

Croc, croc vai doendo o coração

Croc, croc implementar devastação.

Croc, croc consolidar a servidão...

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário