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Erivelto Reis
Salve, mítico orixá,
Acostumado a enfrentar a guerra,
Acostumado a derrotar a intriga,
Acostumado a proteger seus filhos,
Acostumado a afastar os inimigos.
Jorge, escuta o clamor de seus fiéis!
Não permita que a serpente
Arme o bote aos nossos pés;
Fecha nosso corpo, ilumina nossa mente...
Deixe-nos a salvo da perda ou revés.
Não permita a dor e o sofrimento dos devotos,
Não permita a intolerância dos descrentes,
Não permita que o justo padeça,
Não permita que o mal nos aconteça,
Seja nosso guia, quebre as correntes.
Lúdico habitante da lua,
Que sabe que novo amanhã se insinua,
Que sabe a lágrima que escondemos a cada nova luta,
Que empresta luz e energia a cada recomeçar.
Conforta seus soldados nas noites de aflição,
Erga aqueles que estão cansados,
Acompanhe os vitoriosos,
Afaste-os da soberba e da ingratidão.
Que Ogum, Oxóssi ou Jorge, conforme sua re(li)gião,
Ampare o pobre, o triste, o desenganado,
Aponte a sua lança contra o mal e o medo
E livre-nos da ira e da maldade de qualquer dragão.
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