Quem sou eu

Minha foto
Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

sexta-feira, 23 de abril de 2021

Poema: "23", de Erivelto Reis

 

 

23

Erivelto Reis

 

Salve, mítico orixá,

 

Acostumado a enfrentar a guerra,

Acostumado a derrotar a intriga,

Acostumado a proteger seus filhos,

Acostumado a afastar os inimigos.

 

Jorge, escuta o clamor de seus fiéis!

Não permita que a serpente

Arme o bote aos nossos pés;

Fecha nosso corpo, ilumina nossa mente...

Deixe-nos a salvo da perda ou revés.

 

Não permita a dor e o sofrimento dos devotos,

Não permita a intolerância dos descrentes,

Não permita que o justo padeça,

Não permita que o mal nos aconteça,

Seja nosso guia, quebre as correntes.

 

Lúdico habitante da lua,

Que sabe que novo amanhã se insinua,

Que sabe a lágrima que escondemos a cada nova luta,

Que empresta luz e energia a cada recomeçar.

 

Conforta seus soldados nas noites de aflição,

Erga aqueles que estão cansados,

Acompanhe os vitoriosos,

Afaste-os da soberba e da ingratidão.

 

Que Ogum, Oxóssi ou Jorge, conforme sua re(li)gião,

Ampare o pobre, o triste, o desenganado,

Aponte a sua lança contra o mal e o medo

E livre-nos da ira e da maldade de qualquer dragão.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário