Déjà vu
Erivelto Reis
Na porta do sonho
Eu paro o carro do tempo.
Não tenho como prosseguir,
Embora pudesse andar a esmo...
Não sigo a mim mesmo,
Bloqueio, reinicio...
A mente em tela azul.
Cérebro e alma em crise, sem waze,
Memória em déjà vu,
Sem aparente motivo.
Não deu pra abrir o coração-aplicativo:
Ele trava o tempo todo!
Agoniza, mas não para...
Por enquanto, não para.
Na porta do sonho
Eu paro o carro da alma.
Não me lembro bem da senha:
É daquele lado que ela mora,
É aquele povo que ela adora.
Perdido, volto a mim,
(Embora retornar não me convenha)
Enquanto olho pelo retrovisor
O amanhecer do dia na estrada do sono.
Não há passado que não me acolha,
Não há futuro que me detenha.
Na porta do sonho
Eu paro o carro do tempo...
Eu até podia entrar,
Mas sei lá por qual motivo
Eu não entro.
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