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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Poema: "Aboio (11 anos)", de Erivelto Reis

 Aboio (11 anos)

Erivelto Reis
O tempo furta,
Em surdina,
A presença de quem você ama.
A existência terrena
De quem você ama.
E você fica pro resto da vida
Sem mais nenhuma
Alvorada festiva.
O tempo cava a curva de nível da ruga
(Marca no teu calendário
Inaceitáveis datas definitivas!)
Símbolo da erosão
Da saudade
Na marca profunda
Do vale da tua cara.
Um amigo é uma alma rara.
Carro de boi passou lá longe...
Procissão pela liberdade,
Aboio Primitivo,
Espírito em jornada evolutiva.
Momento feliz que ficou guardado
Em alguma dimensão
Do espaço-tempo,
Segundo uma teoria da Física.
Uma história de amizade,
Um sorriso benfazejo,
Uns poemas, umas Cartas
Um lamento sertanejo,
Uma inesquecível história de vida.
É possível recuperar do tempo
O que ele nos tira
(Ou o que sutilmente ele nos devolve),
Quando recordamos comovidos,
Quando preservamos por princípio
Um amor que não se esquece,
Uma amizade que nunca morre.
"Por ser de lá...
Na certa, por isso mesmo".

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