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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

quarta-feira, 17 de abril de 2024

Poema: "Engulhos", de Erivelto Reis

Engulhos

Erivelto Reis

 

É gosmento o argumento dos hipócritas

São de pus as certezas do demagogo...

Tudo que eles falam talha,

Tudo o que fazem, jogo.

É metastática a sordidez dos canalhas

E seus ecrãs espelham suas taras.

Andam na rua,

Sempre à procura de defeitos

Que sirvam de álibis distrativos

Aos seus malfeitos...

São de carne morta a língua

E os ardis com que proferem certas frases...

É como úlcera, refluxo gástrico de monólogos

No palco do teatro de sua polidez de farsas.

Banem, discriminam... sequer suam,

Apertam a mão, enquanto rotulam,

Abraçam e mantêm perto pra punir.

Reagem, sorrateiros, emulando emoções

Qual malabares.

Não revelam a expressão real

De seus intentos mais profundos

São de pedra, incontornáveis desvalores,

Vomitam aspergindo seus engulhos.

 

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