Engulhos
Erivelto Reis
É gosmento o argumento dos hipócritas
São de pus as certezas do demagogo...
Tudo que eles falam talha,
Tudo o que fazem, jogo.
É metastática a sordidez dos canalhas
E seus ecrãs espelham suas taras.
Andam na rua,
Sempre à procura de defeitos
Que sirvam de álibis distrativos
Aos seus malfeitos...
São de carne morta a língua
E os ardis com que proferem certas frases...
É como úlcera, refluxo gástrico de monólogos
No palco do teatro de sua polidez de farsas.
Banem, discriminam... sequer suam,
Apertam a mão, enquanto rotulam,
Abraçam e mantêm perto pra punir.
Reagem, sorrateiros, emulando emoções
Qual malabares.
Não revelam a expressão real
De seus intentos mais profundos
São de pedra, incontornáveis desvalores,
Vomitam aspergindo seus engulhos.
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