A dormição de Maria
Erivelto Reis
Tenho assuntado sobre:
Cada mãe ao lado de um lençol improvisado,
Sobre o escombro, ruína humana
Estirado no asfalto, ensanguentado
E sem vida...
Tem um pouco da resignação de maria.
Tem um pouco do pranto de maria...
E por que não teria?!
Se a virgem teve a dormição, a assunção como destino,
Comparada à mãe menina, a mãe solo, a mãe bravura
De um filho exterminado, massacrado...
Que teve a dor como missão,
Penso que as duas mereceriam redenção.
No altar destinado à maternidade,
Às vezes falta respeito,
Às vezes falta sororidade,
Às vezes falta humanidade.
Às vezes falta compaixão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário