A MÃE DO PITBULL
Erivelto Reis
– Pois é, Doutor Delegado...
– Que é isso, Madame?! Pode me chamar pelo meu nome de batismo.
– E que nome seria esse?
– É esse que está aí no cartãozinho que eu lhe pedi para entregar ao seu ilustre esposo, excelentíssimo juiz.
– Mas como eu ia dizendo De-le-ga-do, esse “menino” é completamente inocente e...
– Acontece, Madame, que a vítima teve dois dentes quebrados, fratura no maxilar. Levou vinte pontos no supercílio direito...
– É que o meu “menino” é canhoto, Doutor.
– As testemunhas reconheceram seu filho como sendo o agressor e afirmaram ter sido ele o pivô da confusão.
– Esse “menino”, Doutor, apesar dos cento e vinte quilos e de ter um metro e oitenta e cinco, é incapaz de fazer mal a uma mosca.
– Madame, eu a entendo perfeitamente. O problema é que a vítima tem menos da metade da altura e do peso do seu filho, e...
– Isso é que dá, Doutor, essa gente desqualificada querer freqüentar os lugares da moda!
– Madame, o rapaz agredido era manobrista da boate.
– Que seja! Mas está me parecendo que o Doutor está dificultando um pouco a liberação do meu “menino”. Desse jeito, meu marido não vai poder auxiliar muito em sua nomeação...
– Não me entenda mal, Madame, mas é que a imprensa está de olho!
Nesse momento o telefone celular da Madame toca.
– ...
– Sua imprestável, imbecil de uma figa! Já não te disse mil vezes que não agisse dessa maneira?!
– ...
– Não me interessa, sua idiota! Eu vou é colocá-la no olho da rua. Você vai me pagar de uma vez por todas!
A Madame desliga, furiosa.
– Quer um cafezinho, Madame?
– Não, Doutor, eu quero é levar o meu “menino” para casa.
– Eu compreendo que a Madame esteja nervosa com toda essa situação, e, pra piorar, ainda recebe um telefonema de uma empregada, no mínimo, incompetente e desleixada...
– Quem falou em “empregada”, Delegado? Eu estava falando era com a minha mãe que mora lá em casa. Como é? Libera ou não libera?!
– Pois é, Doutor Delegado...
– Que é isso, Madame?! Pode me chamar pelo meu nome de batismo.
– E que nome seria esse?
– É esse que está aí no cartãozinho que eu lhe pedi para entregar ao seu ilustre esposo, excelentíssimo juiz.
– Mas como eu ia dizendo De-le-ga-do, esse “menino” é completamente inocente e...
– Acontece, Madame, que a vítima teve dois dentes quebrados, fratura no maxilar. Levou vinte pontos no supercílio direito...
– É que o meu “menino” é canhoto, Doutor.
– As testemunhas reconheceram seu filho como sendo o agressor e afirmaram ter sido ele o pivô da confusão.
– Esse “menino”, Doutor, apesar dos cento e vinte quilos e de ter um metro e oitenta e cinco, é incapaz de fazer mal a uma mosca.
– Madame, eu a entendo perfeitamente. O problema é que a vítima tem menos da metade da altura e do peso do seu filho, e...
– Isso é que dá, Doutor, essa gente desqualificada querer freqüentar os lugares da moda!
– Madame, o rapaz agredido era manobrista da boate.
– Que seja! Mas está me parecendo que o Doutor está dificultando um pouco a liberação do meu “menino”. Desse jeito, meu marido não vai poder auxiliar muito em sua nomeação...
– Não me entenda mal, Madame, mas é que a imprensa está de olho!
Nesse momento o telefone celular da Madame toca.
– ...
– Sua imprestável, imbecil de uma figa! Já não te disse mil vezes que não agisse dessa maneira?!
– ...
– Não me interessa, sua idiota! Eu vou é colocá-la no olho da rua. Você vai me pagar de uma vez por todas!
A Madame desliga, furiosa.
– Quer um cafezinho, Madame?
– Não, Doutor, eu quero é levar o meu “menino” para casa.
– Eu compreendo que a Madame esteja nervosa com toda essa situação, e, pra piorar, ainda recebe um telefonema de uma empregada, no mínimo, incompetente e desleixada...
– Quem falou em “empregada”, Delegado? Eu estava falando era com a minha mãe que mora lá em casa. Como é? Libera ou não libera?!
Erivelto Reis
– Pois é, Doutor Delegado...
– Que é isso, Madame?! Pode me chamar pelo meu nome de batismo.
– E que nome seria esse?
– É esse que está aí no cartãozinho que eu lhe pedi para entregar ao seu ilustre esposo, excelentíssimo juiz.
– Mas como eu ia dizendo De-le-ga-do, esse “menino” é completamente inocente e...
– Acontece, Madame, que a vítima teve dois dentes quebrados, fratura no maxilar. Levou vinte pontos no supercílio direito...
– É que o meu “menino” é canhoto, Doutor.
– As testemunhas reconheceram seu filho como sendo o agressor e afirmaram ter sido ele o pivô da confusão.
– Esse “menino”, Doutor, apesar dos cento e vinte quilos e de ter um metro e oitenta e cinco, é incapaz de fazer mal a uma mosca.
– Madame, eu a entendo perfeitamente. O problema é que a vítima tem menos da metade da altura e do peso do seu filho, e...
– Isso é que dá, Doutor, essa gente desqualificada querer freqüentar os lugares da moda!
– Madame, o rapaz agredido era manobrista da boate.
– Que seja! Mas está me parecendo que o Doutor está dificultando um pouco a liberação do meu “menino”. Desse jeito, meu marido não vai poder auxiliar muito em sua nomeação...
– Não me entenda mal, Madame, mas é que a imprensa está de olho!
Nesse momento o telefone celular da Madame toca.
– ...
– Sua imprestável, imbecil de uma figa! Já não te disse mil vezes que não agisse dessa maneira?!
– ...
– Não me interessa, sua idiota! Eu vou é colocá-la no olho da rua. Você vai me pagar de uma vez por todas!
A Madame desliga, furiosa.
– Quer um cafezinho, Madame?
– Não, Doutor, eu quero é levar o meu “menino” para casa.
– Eu compreendo que a Madame esteja nervosa com toda essa situação, e, pra piorar, ainda recebe um telefonema de uma empregada, no mínimo, incompetente e desleixada...
– Quem falou em “empregada”, Delegado? Eu estava falando era com a minha mãe que mora lá em casa. Como é? Libera ou não libera?!
– Pois é, Doutor Delegado...
– Que é isso, Madame?! Pode me chamar pelo meu nome de batismo.
– E que nome seria esse?
– É esse que está aí no cartãozinho que eu lhe pedi para entregar ao seu ilustre esposo, excelentíssimo juiz.
– Mas como eu ia dizendo De-le-ga-do, esse “menino” é completamente inocente e...
– Acontece, Madame, que a vítima teve dois dentes quebrados, fratura no maxilar. Levou vinte pontos no supercílio direito...
– É que o meu “menino” é canhoto, Doutor.
– As testemunhas reconheceram seu filho como sendo o agressor e afirmaram ter sido ele o pivô da confusão.
– Esse “menino”, Doutor, apesar dos cento e vinte quilos e de ter um metro e oitenta e cinco, é incapaz de fazer mal a uma mosca.
– Madame, eu a entendo perfeitamente. O problema é que a vítima tem menos da metade da altura e do peso do seu filho, e...
– Isso é que dá, Doutor, essa gente desqualificada querer freqüentar os lugares da moda!
– Madame, o rapaz agredido era manobrista da boate.
– Que seja! Mas está me parecendo que o Doutor está dificultando um pouco a liberação do meu “menino”. Desse jeito, meu marido não vai poder auxiliar muito em sua nomeação...
– Não me entenda mal, Madame, mas é que a imprensa está de olho!
Nesse momento o telefone celular da Madame toca.
– ...
– Sua imprestável, imbecil de uma figa! Já não te disse mil vezes que não agisse dessa maneira?!
– ...
– Não me interessa, sua idiota! Eu vou é colocá-la no olho da rua. Você vai me pagar de uma vez por todas!
A Madame desliga, furiosa.
– Quer um cafezinho, Madame?
– Não, Doutor, eu quero é levar o meu “menino” para casa.
– Eu compreendo que a Madame esteja nervosa com toda essa situação, e, pra piorar, ainda recebe um telefonema de uma empregada, no mínimo, incompetente e desleixada...
– Quem falou em “empregada”, Delegado? Eu estava falando era com a minha mãe que mora lá em casa. Como é? Libera ou não libera?!
Nenhum comentário:
Postar um comentário