O filho
pródigo
Erivelto
Reis
Para Gustavo
e os seus iguais
Cada aluno que
volta
É um filho
pródigo.
E cada aula
é um ato heroico
(Quando) um
estado policialesco,
(Quando) administradores
retrógrados,
(Quando)
faltam investimento,
Interesse e
argumento,
Que justifiquem
o esquecimento.
(Escrevo “quando”,
mas isso ocorre o tempo todo),
– Não com
todo mundo, entretanto, o tempo tanto.
Dos valores
que nos unem
Contra inimigos
maiores
A educação
seria o mais nobre.
Mas eis que
vejo:
Alguns dos de
meu próprio exército
Armados de
sorrisos até os dentes
E gentilezas
de confetes
Saudando o
atraso que vendem como facilidade
E o caos que
embala o sono de suas consciências
Entorpecidas.
Meus alunos,
não esperem que nada seja fácil em vossas vidas!
O conforto é
saber que lutaram por seus ideais
E que não sucumbiram
a conveniências imorais.
Cada aluno
que volta é um filho pródigo.
É um
testemunho de vida.
Embora
saibamos,
Dolorosa chamada
de espaços vazios,
De desistências,
de ausências,
De afetos em
agonia, das desilusões
De nossos
ancestrais:
Que há
filhos que continuam sendo pródigos,
Mesmo se não
voltam mais.
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