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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

domingo, 16 de fevereiro de 2020

Sobre Justiça Social e meritocracia, por Erivelto Reis

Sem justiça social não se pode falar em meritocracia. É uma afronta, uma estupidez, quase um escárnio, que os obtusos se baseiem na isolada, controlada e rarafeita superação de mínimos paradigmas que sejam, como parâmetros que desabilitem e exemplifiquem a ruptura das inúmeras camadas, das inúmeras redes de desigualdade historicamente constituídas e contra as quais os cidadãos e cidadãs, especialmente os oriundos das classes trabalhadoras, se debatem todos os dias, desde que são concebidos, até o dia de sua morte. Em suma, a elite não pode falar em meritocracia quando o que a torna elite é um sistema de desigualdade e exploração permitido pelos 3 poderes. O trabalhador não pode falar em meritocracia pois, quando muito, tem momentos de superação que o colocarão num entrelugar na sociedade: estranho à elite, estranho aos seus. Conquanto não haja certeza da contínua evolução e manutenção do status alcançado, sequer reconhecimento real; nem um sistema político, social e econômico que permita e garanta a ascensão majoritária das classes trabalhadoras nem assegure, de fato, condições para a sua qualidade de vida. A escola e as mínimas garantias trabalhistas seriam as unidades mínimas para a produção de justiça social e infelizmente vêm sofrendo ataques violentíssimos.

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