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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

terça-feira, 16 de março de 2021

Poema: "Baleia", de Erivelto Reis

 

Baleia

Erivelto Reis

 

Há brasileiros maus, sim. Muito maus.

Não são todos, mas são muitos e são maus.

Marginais não marginalizados.

Criminosos não criminalizados.

Ricos, pseudorricos, pseudointelectuais de raiz...

Interessados em EUA, BMW, ARK

Armados, hipócritas, dogmatizados, teleguiados.

A estes não interessa diálogo, compaixão e respeito:

Sabem que cruzaram um caminho sem volta,

Que apoiaram e traíram seus irmãos e amigos...

Negacionistas com seus sacramentos de preconceito,

Com suas liturgias de violências, traumas e taras.

280.000 almas entoam a ópera trágica de seus nomes...

Mais um dado fundamental entre tantos dos quais são

Completamente ignorantes.

Ignorantes, não inocentes.

Há muito sangue em suas mãos, consciências e dedos.

Há muitos brasileiros maus,

Estão lado a lado conosco...

Mas se julgam melhores que nós.

Nos oprimem, nos olham e nos perguntam

De que é que nós sentimos medo.

Quanto desatino!

Nenhum céu de preás.

Apenas um líder equino.

Ei-los:

Os bons brasileiros maus

E seu mandatário genocida e assassino.

 

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