Fio
Erivelto Reis
Erivelto Reis
Brasil, um país que todo dia
amanhece banhado em lágrimas.
Elas provêm do espanto ante a tragédia
e o sofrimento de nossos irmãos;
do inesperado do desastre da fatalidade;
do horror do ódio dos poderosos:
aos mais fracos, aos mais pobres,
aos mais velhos e aos que ainda lutam
e não se corrompem;
provêm da desvalorização:
da vida, dos professores, das mulheres,
seus corpos, suas almas e seus direitos...
provêm da tristeza
pela desfaçatez das forças ocultas
do poder econômico,
que açulam o cinismo
e a degeneração administrativa
de muitos que governam este país;
provêm pela descrédito que temos
pelos que legislam, indisfarçavelmente, contra o povo
e dos que julgam com brandura e leveza,
absolvendo seus compadrios,
e com celeridade e fúria,
quase em desapreço
pela legalidade e seus princípios fundamentais,
àqueles que possam representar
uma esperança sequer de oposição
aos desmandos de becas e togas e colarinhos.
Não sei como vocês se sentem.
Mas a impressão que eu tenho
é de que já de há muito no Brasil,
todo dia é um amanhecer em lágrimas.
Um vale de lágrimas.
Quando não é a Vale é um Vélez
Quando não é um rico, é um reles...
Quanto desvelo em calar-nos!
quantos canalhas nos altos postos!
Todo dia assim... dor, estupor e choro.
E até quando?!
O meu país é uma pátria que anoitece
e amanhece chorando.
amanhece banhado em lágrimas.
Elas provêm do espanto ante a tragédia
e o sofrimento de nossos irmãos;
do inesperado do desastre da fatalidade;
do horror do ódio dos poderosos:
aos mais fracos, aos mais pobres,
aos mais velhos e aos que ainda lutam
e não se corrompem;
provêm da desvalorização:
da vida, dos professores, das mulheres,
seus corpos, suas almas e seus direitos...
provêm da tristeza
pela desfaçatez das forças ocultas
do poder econômico,
que açulam o cinismo
e a degeneração administrativa
de muitos que governam este país;
provêm pela descrédito que temos
pelos que legislam, indisfarçavelmente, contra o povo
e dos que julgam com brandura e leveza,
absolvendo seus compadrios,
e com celeridade e fúria,
quase em desapreço
pela legalidade e seus princípios fundamentais,
àqueles que possam representar
uma esperança sequer de oposição
aos desmandos de becas e togas e colarinhos.
Não sei como vocês se sentem.
Mas a impressão que eu tenho
é de que já de há muito no Brasil,
todo dia é um amanhecer em lágrimas.
Um vale de lágrimas.
Quando não é a Vale é um Vélez
Quando não é um rico, é um reles...
Quanto desvelo em calar-nos!
quantos canalhas nos altos postos!
Todo dia assim... dor, estupor e choro.
E até quando?!
O meu país é uma pátria que anoitece
e amanhece chorando.
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