Breve retrospecto da Caça aos professores e o cenário da pandemia
Erivelto Reis
Primeiro ficaram um tempão acusando os professores de fazerem em aula o que chamaram de "doutrinação". Incentivaram gravações clandestinas, denúncias, violências das mais variadas, processos.
Agora, em plena pandemia, querem-nos seguros, gravando vídeos que poderão circular livremente pra aqui e pra ali, mas, sobretudo nas casas e celulares. Imagina o estrago.
Imagina que o estado não paga pela produção de material didático e instrucional e pelo direito de imagem, nem produziu qualquer lei que resguarde o exercício da profissão do professor durante a pandemia; antes, sem fornecer qualquer recurso técnico/ tecnológico seja aos profissionais e, principalmente, aos alunos e alunas, manda avisar, via coordenadorias METROPOLITANAS, que professores que não acessarem a sua plataforma infame terão o ponto cortado e código de falta no MCF. Já que estão produzindo relatórios automaticamente pela plataforma.
Imagina que chama o seu EaD de "ensino remoto", estabelecendo uma anomalia legal, não resguardada pela lei, nem regulamentada, nem discutida com a classe, ao mesmo tempo em que as famílias dos alunos estão em situação de grande vulnerabilidade social. Imaginou? Agora grava o vídeo. Agora acessa a plataforma.
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