A cigarra e a formiga
Erivelto Reis
A porta como
Um périplo intransponível.
O telefone
Pode cantar feito cigarra
Do outro lado ninguém escutará!
Há agora uma única formiga
Atraída feito um imã
Para a borda do sangue doce que escorre,
Mancha todo o lençol, depõe,
Não tem amanhã nem depois:
Confesso, não finge...
E já a ninguém pertence.
Do lado de lá nasce o sol
Produzindo sombras
Sobre o hirto de silêncio, gritos
E esfinge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário