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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Livro: Poemas à maneira de Brecht, de Cícero César - Editado e organizado por Erivelto Reis.

LIVRO POEMAS À MANEIRA DE BRECHT, DE CÍCERO CÉSAR

Clique no link para baixar gratuitamente: 

https://drive.google.com/file/d/1Yc3osUK-iaZornK0rQyrFif4LzGQ_Zu9/view?usp=sharing 

Recentemente recebi do meu amigo poeta, professor, compositor, artista plástico, Cícero César, um arquivo com 20 poemas escritos por ele após a leitura da obra do Poeta Bertolt Brecht, traduzida pelo também poeta, André Vallias. Fiquei tão encantado pelo trabalho de Cícero César que decidi editar e organizar seus poemas em um e-book como forma particular de homenageá-lo e ao seu talento e de brindar mais uma vez nossa amizade. 

Para minha felicidade o poeta ficou bastante satisfeito com o resultado e me escreveu uma carta em agradecimento – na verdade, sempre nos falamos, dialogamos através da poesia e da escrita e de assuntos do cotidiano como família, trabalho, impressões sobre música, cinema e Literatura... contas a pagar – e esta carta passou a fazer parte da obra como posfácio.

Na obra há versos que por si só já poderiam compor, isoladamente, um novo texto repleto de signos e significados. Tanto é assim que, à maneira de Manuel Bandeira no poema “Antologia”, apenas com versos extraídos da própria obra e compilados por mim em um novo poema – que, de acordo com a pós-modernidade audiovisual, bem poderia ser chamado de spoiler –, “produzi” – na falta de uma palavra que dê conta desse processo, já que os versos todos são do Cícero e a obra também –, um novo poema que pretende corroborar a ideia da força metafórica e plurissignificativa que o autor conseguiu ao se propor a escrever à maneira de Brecht.

Minha alegria ficou ainda maior quando o autor, em mais um gesto de generosidade e desprendimento que lhes são particularmente inerentes, decidiu disponibilizar o e-book gratuitamente para que as pessoas pudessem conhecer o seu novo trabalho.

Recentemente vindo de uma empreitada vitoriosíssima que foi e que está sendo o livro impresso “Cartas a Francisco”, um livro epistolar, híbrido de crônica, diário e poesia endereçado principalmente ao seu filho e, nos temas abordados ou nas entrelinhas, aos afetos do autor, Cícero produz com agilidade, qualidade e senso crítico apuradíssimos. Está antenado, conectado com as inquietações da humanidade no século XXI. Multitalentoso, seja produzindo crítica sobre arte, seja desenhando, pintando, compondo, militando em favor da Educação com uma prática que encontra ecos no próprio discurso (e vice-versa), em Poemas à maneira de Brecht, consegue emular alguns aspectos da obra do poeta e dramaturgo alemão e alinhá-los às próprias inquietações e reflexões poéticas, destacando-se a extensão dos versos e seu alcance metafórico tão poeticamente amplo e tão focal quanto uma fotografia da tragédia e das angústias humanas. Vale muito a pena a leitura da obra: toda ela ilustrada por pinturas, rabiscos, desenhos, fotos produzidas pelo multifacetado artista.

Para além de Brecht e de qualquer outro cânone, há ainda uma lição tácita e implícita no trabalho de Cícero: a de que o poeta não pode perder a bossa. Não pode errar o pulo, não pode perder o passo, o compasso e se perder de seus valores mais íntimos. Mesmo que outros enxerguem como naturais os estados da arte no cotidiano, que não chegam a ser milagres, mas surgem como miragens em relações, por vezes, instantâneas e estanques na velocidade, na melancolia compartilhada de cada alegria real ou inventada através de nossos likes, emojis e posts.

Cícero é de verdade num mundo que nem sempre é.  Escreve o poeta:

6.

EU E O OUTRO

 

Eu não sei se devo lhe dizer,

Mas Deus não existe

A literatura, entanto, é boa

E fala ao coração, por vezes, de uma pessoa

Por isso, peço-lhe que a leia não como verdade, mas como obra

É que no fundo, mas nem sempre, é a beleza que sobra


https://drive.google.com/file/d/1Yc3osUK-iaZornK0rQyrFif4LzGQ_Zu9/view?usp=sharing



 


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