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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Texto: "O plano B", de Erivelto Reis

 

                O presidente só foi pra televisão, e mais uma vez mentiu descaradamente, por causa da carta dos banqueiros e empresários. Ele não está nem aí para os quase 300.000 brasileiros e brasileiras mortos pela Covid, para o desemprego, a volta da inflação e para a imagem do Brasil diante dos outros países, a fome, a vulnerabilidade dos brasileiros, a escalada dos preconceitos e do desrespeito às chamadas minorias, ou para o escandaloso julgamento que fez com que o ex-presidente Lula fosse tirado da disputa presidencial, mesmo após o golpe civil-legislativo-judiciário contra a ex-presidenta Dilma Rousseff.

                O atual presidente já está com seus senadores e deputados no bolso. Vai cumprir grande parcela do desmonte que aqueles que financiaram sua campanha esperavam que ele fizesse; vai proteger seus filhos criminosos e vai voltar para o estado do Rio de Janeiro para se configurar como uma força política oficial ou paralela. Talvez permaneça em Brasília, no legislativo, garantindo ou ganhando tempo para a prescrição de seus crimes ou o foro político privilegiado. Será uma eminência parda que saciará os seus seguidores apadrinhando figuras políticas tóxicas e violentas em ascensão ou em busca pelo poder e proferindo bravatas estúpidas contra as instituições democráticas. Amparado ainda por parte de setores militares e por alguns segmentos de igrejas evangélicas, nichos da classe média e de conservadores de todas as classes, seus robôs funcionarão incessantemente e a escola e o funcionalismo público continuarão a ser seus alvos permanentes.

            Se não for julgado e punido internacionalmente de forma exemplar como um dos grandes assassinos do século XXI, o seu reino e o seu legado de brutalidade e violência em inúmeros níveis continuará assombrando a República e a Democracia. O plano B que o energúmeno tem é oficializar o golpe. O quanto antes. Antes que a justiça seja feita... É preciso que estejamos muito atentos. E que lutemos.

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