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Poeta - escritor - cronista - produtor cultural. Professor de Português e Literaturas. Especialista em Estudos Literários pela FEUC. Especialista em Literaturas Portuguesa e Africanas pela Faculdade de Letras da UFRJ. Mestre e Doutor em Literatura Portuguesa pela UFRJ. Nascido em Goiás, na cidade de Rio Verde. Casado. Pai de três filhos.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Texto: "O triunfo dos canalhas", de Erivelto Reis

O triunfo dos canalhas

Erivelto Reis

    Os canalhas triunfam momentaneamente quando ficamos tristes. Em respeito à memória de Paulo Gustavo, e das mais de 400 mil vítimas, é preciso que nós estejamos firmes, atentos e resistentes. Há lágrimas em nossos rostos. Mas não vamos esmorecer. Os canalhas exultam com nossa tristeza porque desconfiam, mas não sabem que lá no íntimo, mesmo tristes, nunca nos acovardaremos. E apesar dessa tristeza duríssima contra nossa esperança, não iremos compactuar com o fascismo e a intolerância. A chegada de nossa Vitória será apenas uma questão de tempo.

    Esse governo e seus integrantes não perdem a oportunidade de manifestar seus preconceitos contra os mais pobres, seu ódio aos trabalhadores e trabalhadoras e seu fascismo escancarado. Entre os mais destacados nessa prática hedionda e inaceitável está o ministro da economia. E não é apenas o discurso. As ações práticas confirmam sua sanha monstruosa e criminosa. Não esqueceremos. Não há perdão nem prescrição para os crimes que cometem.

    Já vimos esse filme: o porta-voz, títere de uma pseudoelite corrupta e exploradora tentando acuar um líder reconhecido mundialmente para que a besta-fera tomasse o poder. Agora o discurso do 'detector de mentiras'... se na grande imprensa prevalecesse a verdade, nem alguém que se considerasse um jornalista respeitável daria uma declaração dessas, nem a besta-fera teria sido eleita presidente. Para jornalista, falta um mundo; para ficcionista falta tudo. O problema do rato e da ratoeira não é que ele não saiba o que é uma ratoeira. É que ele imagine que o rato seja o outro.

    Muitos canalhas que votaram contra o servidor hoje em apenas três meses recebem de auxílio moradia mais do que a grande massa dos servidores recebem em um ano como salário. Em duas semanas de auxílio alimentação só com almoço eles gastam o equivalente ao salário mensal de um servidor. O congresso tem de representar o povo. Corruptos quebram os estados e municípios endividam e transferem recursos para empresas via contratos esdrúxulos e inexplicáveis e o servidor tem o seu salário sem reajuste ou mesmo ameaçado.

    Esse governo e grande parte desse congresso é formado por pessoas que são contra a soberania do país. Protegem uma minoria formada pela elite do funcionalismo, do legislativo, do judiciário e militares de alta patente. Atendem interesses de empresas e grupos econômicos no desmonte do Estado brasileiro. Compactuam e promovem a corrupção, a intimidação e a violência. São uns vendidos. Estão contra a educação e a ciência. Propagadores de mentiras. Hipócritas. Estão vendendo nosso futuro.

    Canalhada. Bando. Corja. Malta. Suicidas em potencial. Não são inocentes úteis e nem massa de manobra. São e vão e estão porque querem ser, ir e estar. Já é tempo de entender o rancor que essas pessoas têm. E o ódio que exalam.



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